quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Série Memória Afetiva: 15 temas de novela

Antes de tudo, é preciso lembrar que essa lista é única, pessoal e intransferível. Já me disseram que organizo minha vida e lembro dos fatos passados e associo diretamente á novela que estava no ar naquele momento. É a mais pura verdade!
Portanto, se tivesse que lançar um CD com os meus 15 temas de novelas favoritos (seja pelo gosto pessoal mesmo, seja porque marcaram de alguma forma a minha vida) após uma longa, dolorosa e hercúlea seleção, eis o resultado:




1) CORAÇÃO DO AGRESTE (Fafá de Belém) – Em se tratando das canções de “Tieta”, escolheria praticamente os dois LP’s inteiros lançados na época da novela, que além de ser minha favorita de todos os tempos, marcou minha vida de uma maneira indelével. Todas as canções remetem diretamente a uma época muito feliz, de descobertas, de brincadeiras, de sonhos, de momentos únicos. Mas como símbolo disso tudo não poderia escolher outra canção, senão o tema da personagem título, interpretado magistralmente por minha querida Betty Faria. Nunca me enjôo dessa lindíssima canção de Aldir Blanc e Moacyr Luz e até hoje me emociono e cantarolo incessantemente junto com Fafá. Até porque... regressar é reunir dois lados...rs!


2) AN AFFAIR TO REMEMBER (Nat King Cole) – Tambem às vezes me acusam de ter nascido na época errada. Verdade ou não, tudo relacionado aos anos 50 e 60 me fascinam. E “Bambolê” é minha novela-xodó, que guardo com carinho nos escaninhos de minha memória. Poderia citar a belíssima “Eu sei que vou te amar”, tema de tantas novelas, mas na minha opinião, aqui tem sua versão mais bela e surpreendente com Carla Daniel. Ou “You are my destiny”, com Paul Anka, que sempre me arrebata. Mas como ando mais doce, mais romântico por esses dias, elejo a terna “Na affair to remember”, de Nat King Cole, tema do casal Ana e Luiz Fernando (Miriam Rios e Paulo Castelli), cuja faixa está até arranhada em meu LP, de tanto que pus pra tocar. Como se não bastasse é a canção-título do belíssimo “Tarde demais para esquecer”. De fato, inesquecível pra mim.


3) BABY (Gal Costa) – Minha relação com essa música não é exatamente com a minissérie. Mas essa versão de 68 é a minha favorita. Gal estreando, mostrando doçura e força e conquistando o Brasil. E embora tenha sido composta por Caetano para sua irmã Bethânia, sempte me identifico com a letra quando ouço...rs! Com certeza, se escrevesse um filme sobre minha vida, esta música não poderia faltar.

4) CAN’T TAKE MY EYES OFF YOU (Frankie Vally) – Ainda em "Anos Rebeldes", em seu baile de formatura, Maria Lúcia (Malu Mader), ao perceber que a banda começa a tocar essa música logo exclama: “ah, não, essa é sujeira!”, pois imediatamente se lembra do amado João (Cassio Gabus Mendes), que não está presente. Eis que ele adentra o salão e a tira pra dançar. De arrepiar! E adoro canções como essa, que começa mansinha, vai crescendo apoteoticamente até explodir e arrebatar corações. Sim, pode não parecer, mas sou romântico....rs!


5) A HORA E A VEZ (Claudio Nucci e Zé Renato) – Essa música pouco lembrada da trilha de Roque Santeiro (que podia selecionar inteira) é muito especial pra mim. Era a trilha de meu “sofrimento” às voltas com o primeiro amor, aos 8 anos. Também me remete a uma época muito especial. E Roque Santeiro foi o primeiro LP de novelas realmente meu. Antes disso, surrupiava os das minhas primas...rs!


6) MORDIDA DE AMOR (Yahoo) – ah, uma canção “kitsch” não podia faltar, né? Totalmente 80’s. Tocou incessantemente na novela “Bebê a bordo” e também incessantemente em minha vitrolinha, sobretudo nas danças da vassoura das festinhas que promovia na minha casa...rs! Outra da coleção “saudade não tem idade”...rs!


7) RITMO DA CHUVA (Demétrius) – Confesso que nem era nascido quando “Estúpido Cupido” entrou no ar. Mas o LP da novela (nossa, selecionaria muuuuuitas músicas) pertencia às minhas primas e vivia dando sopa lá em casa. Pra mim tem gostinho de infância e sempre cantarolo até hoje quando começa a chover. E é claro que está no meu MP4...rs!


8) PER AMORE (Zizi Possi) – Raramente uma canção combinou tanto com uma novela. Numa interpretação magistral e definitiva, Zizi Possi embalou as desventuras da sofrida Helena (Regina Duarte) e arrebatou o Brasil. Outra que não enjôo e cantarolo como um bobo...rs!


9) COMO VAI VOCÊ (Daniela Mercury) – Na mesma linha da anterior, o Brasil se emocionou com mais uma Helena (Vera Fischer) e suas desventuras amorosas. Paralelamente, também estava vivendo uma. Passado o tempo, ficam o belo arranjo, a interpretação sensível de Daniela Mercury e doces... muito doces lembranças!


10) SÁBADO EM COPACABANA (Maria Bethânia) – Maria Bethânia é um capítulo à parte em minha vida. Poderia criar o melhor de Bethânia nas novelas. Mas para representar todas, fico com essa que deu todo charme a uma inspiradíssima abertura, que revela a beleza de Copacabana junto com o primeiro acorde da cantora. Casou perfeitamente com a novela e mostrou que, pra se fazer uma abertura antológica, nem sempre são necessários recursos tecnológicos de primeira geração. Sensibilidade, sim, é imprescindível.


11) DEMAIS (Verônica Sabino) - apesar de me lembrar de uma época muito triste (a partida de meu pai para São Paulo) não deixa de ser marcante. Sofria eu daqui e Simone (Fernanda Torres) de lá! Mais uma da coleção “a faixa do LP está pulando de tanto que tocou”...rs!




12) AL DI LÁ (Emilio Pericolli) – Sim, o amor está no ar....rs! Além de fazer parte da trilha de um de meus filmes favoritos (“Candelabro Italiano”), ajudou a humanizar a espevitada e impagável Ilka Tibiriçá (Cassia Kiss em estado de graça) na novela “Fera Ferida”. Irresistível de cantar!



13) CÉU DE SANTO AMARO (Flavio Venturini e Caetano Veloso) – Confesso que não fui grande fã da novela “Cabocla”. Mas uma cena muito marcante e emocionante pra mim foi quando Zuca (Vanessa Giácomo) trocou o primeiro beijo com Luiz Jerônimo (Daniel de Oliveira) e, absorta, inebriada de amor, suspirava pelos cantos lembrando do amado. E que sensibilidade que Caetano e Flávio tiveram ao criar letra e interpretar com tanta doçura o belíssimo clássico de Bach. Na minha humilde opinião, o mais belo tema de novela dos anos 2000.


14) UNCHAINED MELODY (The Righteous Brothers) – já disse algumas vezes que a cena final de “Meu bem, meu mal” em que Isadora Venturini (Sílvia Pfeiffer) desfila impávida pelo império que conquistou, mas não evita a inexorável solidão a que foi condenada, é minha cena favorita de todos os tempos. Fora isso é uma canção lindíssima, que gruda que nem chiclete e que tocava sem parar. Por aqui continua a tocar.


15) BRASIL (Gal Costa) – depois de tanto romance e de tanto açúcar, resolvi fechar com essa emblemática canção de Cazuza, Nilo Romero e George Israel, que na pulsante interpretação de Gal, invadia nossas salas diariamente e serviu de porta-voz da indignação de todo um país. Caiu como uma luva para “Vale Tudo”. Até hoje é impossível se lembrar da música sem se lembrar da novela e vice-versa.

Sim, eu sei, muitas ficaram de fora. Mas lista é assim mesmo. Cada um tem a sua. E vocês? Que músicas de novelas se confundem com suas próprias vidas? Tô louco pra saber!!!

Resultado da enquete: Tempos Modernos. Gorete é a favorita dos meloneiros!

Qual das filhas de Leal (Antonio Fagundes) é sua favorita em "Tempos Modernos"?



Gorete (Regiane Alves) - 53%
Regeane (Vivianne Pasmanter)  - 38%
Nelinha (Fernanda Vasconcellos) - 7%

Inté a próxima...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Passione" e "Ti-ti-ti" são as novelas mais esperadas pelos leitores deste blog!

RESULTADO DA ENQUETE:
Qual (quais) dessas novelas você tem mais expectativa em 2010?

1. Passione (Globo - Sílvio de Abreu) - 47%


2. Ti-Ti-Ti (Globo - Mª Adelaide Amaral) - 38%


3. Uma rosa com amor (SBT - Tiago Santiago) - 22%

4. Ribeirão do Tempo (Record - Marcílio Moraes) - 13%

5. Além da vida/ Entre dois amores (Globo - Elizabeth Jhin) - 11%

6. Tempos Modernos (Globo - Bosco Brasil) - 8%

Abraços e até a próxima! Nova enquete já está no ar!!! Votem.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Elegante chá de senhoras nos anos 50.



O CONTEXTO. A MATRIARCA DOMINADORA E PSEUDO-CONSERVADORA CARMEM LUCCHESI RECEBE SENHORAS RESPEITÁVEIS PARA UM AGRADÁVEL CHÁ DA TARDE EM SUA CASA: SUA IRMÃ, A SUBMISSA LEONOR, D. LYGIA, A AUSTERA DIRETORA DO COLÉGIO DAS FILHAS E LUCIMEI, MILIONÁRIA LIBERAL DE MODOS MODERNOS MUITO MAL VISTA PELA SOCIEDADE. TUDO TRANSCORRE BEM, APESAR DAS INTERVENÇÕES DA SOGRA DE CARMEM, DONA TININHA, UMA VELHA ASSANHADA E “PRAFRENTEX”, QUE SEMPRE DIZ O QUE PENSA.

CAP 3 - CENA 32. CASA DE CARMEM. SALA. INTERIOR. DIA.


CARMEM TOMA CHÁ COM LYGIA, LEONOR, LUCIMEI E DONA TININHA. DAÍSA ENTRA.


DAÍSA — Mais chá?


CARMEM — Não, Daísa. Pode ir.


D.TININHA — Espera, Daísa! Traz mais biscoitinho.


CARMEM — Já não comeu biscoito demais?


D.TININHA — Que é isso, Carmem, o que é que as visitas vão pensar? Que você fica regulando comida?


LYGIA — (LEVEMENTE CONSTRANGIDA) Imagina.


LEONOR — (SORRINDO) Vai acabar engordando além da conta.


D.TININHA — Ih, menina, é disso que os homens gostam. Eles adoram ter onde pegar.


CARMEM — (ENVERGONHADA) Dona Tininha!


LEONOR E LYGIA CONSTRANGIDAS. LUCIMEI SE DIVERTE.


LUCIMEI — Ah, Dona Tininha, a senhora não tá no gibi.


CARMEM — (RESIGNADA). Traz mais biscoito, Daísa. Leonor, e as meninas, por que não vieram?


LEONOR — A Renata está na aula de piano. Também, quase não sai de casa. A Roberta saiu com o namoradinho.


CARMEM — Ai, minha irmã, não me conformo de você permitir que a Roberta namore esse mecânico.


LEONOR — Que é isso, Carmem? É só um namorinho inocente. A Roberta só tem dezessete anos. Coisa da idade.


CARMEM — Não sei, não. Já faz um mês que ela tá nesse “namorinho inocente” e nada de você conhecer o rapaz. Eu soube que ele estava envolvido naquela confusão da sorveteria.


LUCIMEI — A Camila me contou que o Gustavo é um amor de rapaz. E que ele só queria defender a Roberta.


LYGIA — No colégio, ele vai indo muito bem. É um aluno bastante aplicado. Não posso negar, tira boas notas /


CARMEM — A que família ele pertence?



LEONOR — Como assim?


CARMEM — Ora, ele namora uma Lucchesi. Quatrocentos anos de tradição. E você nem sabe de que família ele é?


LEONOR — Não sei, Carmem, só sei que é gente simples.



CARMEM — Abre o olho, Leonor! Esse mundo tá cheio de aproveitadores. Francamente, eu acho um absurdo a Roberta sair com um rapaz que a gente nem conhece a família. Ah, se fosse filha minha...


LYGIA — Isso é verdade! As minhas eu levo ali no cabresto.


CARMEM — É como eu digo. Filha mulher é um castigo. Eu proponho um jantar entre as famílias.

 
LUCIMEI — (OLHA PARA O RELÓGIO) Xi, falando em filha, eu tenho que ir. Combinei de sair com a Camila.


CARMEM — Já vai, querida? É cedo.


LUCIMEI — Não, já tô atrasadíssima. A gente vai pegar a matinée. Tá passando um filme ótimo.


LUCIMEI LEVANTA. AS DEMAIS, EXCETO DONA TININHA QUE DEVORA OS BISCOITOS PARECENDO ALHEIA A TUDO, LEVANTAM PARA CUMPRIMENTÁ-LA.


LUCIMEI — Obrigado pelo chá, Carmem. Você, como sempre, recebe muito bem.


CARMEM — Imagina, vê se aparece mais.


LUCIMEI — Boa tarde, meninas!


TODAS — Boa tarde.


CARMEM — Daísa, acompanhe a Dona Lucimei até a porta.


DAÍSA ABRE A PORTA. LUCIMEI SE DESPEDE E SAI.


LYGIA — Que absurdo. Mãe e filha indo ao cinema desacompanhadas no meio da tarde. Como se fossem da mesma idade...


CARMEM — Também o que esperar de uma mãe solteira? Teve a filha não sei com quem. Não é à toa que a menina foi recusada em vários colégios.


LYGIA — Eu aceitei a matrícula por piedade. Coitadinha, a menina não tem culpa da mãe que tem.


D.TININHA — Engraçado, Dona Lygia. Eu pensei que a senhora tivesse aceitado a menina no colégio porque a mãe é milionária.


CARMEM — Dona Tininha! Mais uma dessas eu coloco a senhora lá pra dentro, hein?


DAÍSA DE LONGE RI. LEONOR DÁ UM LEVE SORRISO.


LEONOR — Carmem, não se pode negar que a Lucimei é muito boa pessoa. Ajuda nas obras da paróquia, contribui com a creche do bairro/


CARMEM — Isso é pra expiar os pecados. E aquela filha dela, solta daquele vai jeito acabar perdida igual a mãe.


LEONOR — Que exagero, Carmem!


CARMEM — Exagero nenhum! E você que não cuide da Roberta que ela vai pro mesmo caminho. Está decidido. Vamos fazer um jantar com a família desse rapaz pra saber quem é ele!


LEONOR — Mas /


CARMEM — Ai, minha irmã, o que seria da nossa família sem mim?


LYGIA E DONA TININHA SE ENTREOLHAM. LEONOR, RESIGNADA E CARMEM, DECICIDA.

(Cena 32 do cap. 3 de “Só Você”, sinopse desenvolvida por mim e com seis capítulos escritos em parceria com Fellipe Carauta e Carlos Fernando, sob a supervisão de Margareth Boury, que coordenou a oficina onde tudo começou em 2007).

sábado, 9 de janeiro de 2010

Uma canção de amor, um carinho para o público.





Em 2001, quando havia acabado de ingressar na Faculdade de Letras da UFRJ, tive o privilégio de assistir logo em minha primeira semana de aula, uma palestra com a autora Maria Adelaide Amaral, de quem já era admirador por conta do remake de Anjo Mau e da minissérie A muralha. Àquela altura, ela havia acabado de adaptar para TV o romance Os maias (talvez seu mais primoroso trabalho) e nos falava sobre a repercussão da minissérie. Lembro que fiquei tão impressionado com tamanha inteligência, cultura e classe que escrevi uma crônica sobre a palestra com o título de “Encontro com Minerva” para um concurso promovido pela faculdade. Minha crônica não venceu, mas a partir daquele encontro, meu fascínio pela escrita televisiva voltou a ser despertado e fiquei ainda mais fã de Maria Adelaide.

Por esse motivo, não tive nenhuma surpresa ao me deparar com a delicadeza, o primor e o deslumbre do trabalho da autora em “Dalva e Herivelto – uma canção de amor”. Biografias são sempre perigosas, ainda mais se tratando de duas figuras públicas, cuja historia deixou muitas marcas na família de ambos. De cara, notei que a autora fugiu de uma abordagem mais documental ao eleger os últimos momentos de Dalva e a expectativa pela visita de Herivelto como fio condutor. Com isso, criou-se ganchos, entrechos e deixou a história com cara de épico, de novelão, que fisgou o público desde o primeiro momento. Sem medo de ferir suscetibilidades, muitas vezes o texto deixava a reverência de lado e tornava-se ácido, mordaz, provocador. Enfim, Maria Adelaide conseguiu emprestar a uma história que já era interessante por si só muitas pitadas dos mais saborosos temperos ficcionais das grandes obras: paixão, lirismo, poesia, música, conflitos, tudo na dose certa. Parabéns a ela e a sua dupla de colaboradores, Letícia Mey e Geraldo Carneiro.

“Dalva e Herivelto” foi um acerto do começo ao fim. Texto, elenco, direção de Denis Carvalho, inclusive a musical da dupla Möeller-Botelho, maravilhosa, produção de arte, figurino, edição, enfim, uma aula de como se fazer televisão com audiência e qualidade. Adriana Esteves foi soberba, sobretudo quando “interpretava” Dalva no palco. Sem o recurso da imensa voz da cantora, a atriz foi fantástica nos gestos, nas expressões arrebatadas e na emoção. Fábio Assunção também pegou todos os trejeitos do compositor. Aliás, todos os atores que interpretaram os cantores do rádio estiveram perfeitos em suas composições. Nando Cunha trouxe Grande Otelo de volta e a saudade que sentimos dele. O que foi a Dercy de Fafy? Impagável. Um show à parte! Mas, sem dúvida, a cena mais emocionante, foi a final, com Pery (Thiago Fragoso, perfeito! Aplausos, aplausos e aplausos pra ele!) sussurrando uma canção para a mãe em seus momentos finais. Uma cena que, sem dúvida, emocionou muita gente e vai entrar pra galeria das grandes cenas de todos os tempos. Sensibilidade pura! E os cortes, a edição, a seleção de cada canção no momento certo fechando com a deslumbrante “Hino ao amor”. Tudo na medida certa, como uma composição perfeita.

Arrisco a dizer que essa minissérie entrará para a história. Que maravilha que os jovens conheçam um pouco da história da nossa música, sobretudo a de um período tão rico como a época do rádio. “Dalva e Herivelto” é um tipo de trabalho que, não só nos proporciona prazer, entretenimento e emoção, mas também nos enche de orgulho! Parabéns a nossa TV por produzir algo de tão alto nível. Ainda resta uma esperança... Que venham muitos outros encontros televisivos com “minha” Minerva!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Melão Express – Ed 4 – Rapidinhas, mas saborosas!

O PRIMEIRO DO ANO!


 * 2010 já começou bem com duas atrações de primeiríssima: “`Programa Piloto” e “Dalva e Herivelto”. O primeiro foi um muito bem humorado especial sobre os bastidores da TV. A metalinguagem é um tema sempre interessante, ainda mais com o ótimo roteiro de Cláudio Paiva e a direção esperta de Maurício Farias. Fernanda Torres e Andréa Beltrão pareciam se divertir tanto quanto o público. O episódio, digamos, piloto, privilegiou mais a personagem da Beltrão, mas acredito que se realmente emplacar uma temporada, as cenas serão divididas igualmente. E como toda atração um pouco mais elaborada, não bombou no IBOPE, mas, please... a Tv brasileira precisa de programas como esse. Oremos...


* Já “Dalva e Herivelto – uma canção de amor” sofre comparações inevitáveis com “Maysa”, exibida ano passado. Particularmente, estou preferindo o texto menos didático de Maria Adelaide Amaral, embora alguns personagens careçam de uma melhor apresentação (aposto que a maioria não conseguiu identificar as Irmãs Batista). Pelo fato do insuportável BBB estar prestes a ir ao ar, infelizmente a minissérie só tem 5 capítulos, o que faz com que alguns acontecimentos sejam mostrados de uma maneira mais corrida e os (maravilhosos) números musicais dirigidos pela dupla Moeller-Botelho não sejam apresentados na íntegra. Mas mesmo assim, é um deslumbre total! Grandes atuações, reconstituição de época perfeita, minha querida Petrópolis bombando nas cenas de show. Adriana Esteves plena quando dubla as canções no palco. Sua “interpretação” de “Ave Maria no Morro” foi tocante. Que maravilha que os mais jovens conheçam um período tão rico de nossa história, musicalmente falando. Só tenho que parabenizar a iniciativa e torcer para que muitas outras do tipo surjam. Só nos orgulha!



*Vem cá! Não sou Kogut, mas tenho que dar nota zero para as vinhetas de carnaval da Globo esse ano. A dicção da maioria dos intérpretes (saudades de Jamelão!!!) já não é das melhores. E apresentado ao vivo então, a letra dos sambas fica incompreensível. E o tempo para cada vinheta é ínfimo! E os cortes são grosseiros. Desculpem, mas se é pra fazer mal feito, melhor que não façam. Prontofalei!


* Não que seja a favor que enlatados americanos invadam a programação, mas não consigo entender alguns desperdícios de boas atrações. Já tinha falado aqui que o SBT exibe boas e inéditas séries sempre a altas horas da madrugada. E dia desses me surpreendi com a Globo exibindo a premiada, recente e excelente “Damages”, com Glenn Close às quatro da madrugada. Por que? Pra que? Alguém vê?


* Finalmente, acabou a festa de réveillon de “Viver a Vida”. Cheguei a pensar que Manoel Carlos estava querendo bater o recorde da festa de “O rebu”...rs! Agora falando sério, parabéns a Maneco e equipe pela sensibilidade e habilidade ao abordar a relação de Miguel e Luciana (Mateus Solano e Aline Moraes, também de parabéns!). O clima entre os dois está cada vez mais romântico e o que parecia difícil de se abordar está acontecendo. O amor de Miguel por Luciana está super verossímil. A cena dos dois na praia foi linda! Problemas à parte, mas “Viver a Vida” possui dois ingredientes que me atraem numa novela: personagens muitíssimo bem delineados e a maioria longe de estereótipos e um excelente texto.

Abraços mil a todos e até a próxima!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Resultado de enquete: "Viver a Vida" é a novela mais assistida pelos leitores do Melão!

Pelo menos entre os melãomaníacos, o drama de Manoel Carlos ainda tem maior audiência.
Veja o resultado da enquete "Que novelas você acompanha atualmente"?

1) Viver a vida 25 (58%)
2) Cama de Gato 24 (55%)
3) Caras e Bocas 21 (48%)
4) Alma gêmea 8 (18%)
5) Bela, a feia 3 (6%)
6) Vende-se um véu de noiva 2 (4%)
7) Poder paralelo 2 (4%)

Total de votos: 85

E quem ainda não votou, não deixem de votar na nova enquete!!!

Prefira também: